17/08/2020

 

Apenas profissionais de saúde que estejam atuando diretamente no combate à doença podem participar do estudo. Após cadastro, equipe da UnB entrará em contato para agendar atendimento.

O Instituto Butantan abriu, nesta sexta-feira (14), inscrições para voluntários do Distrito Federal interessados em participar da 3ª fase de testes de vacina chinesa contra o novo coronavírus. Apenas profissionais de saúde que estejam atuando diretamente no combate à Covid-19 poderão participar do estudo (veja requisitos abaixo).

As pré-inscrições podem ser realizadas por meio de um formulário online. Depois do cadastro, uma equipe da Universidade de Brasília (UnB), que integra a pesquisa, entrará em contato com os profissionais para agendar um atendimento no hospital universitário e selecionar os voluntários.

Os participantes aprovados vão receber duas doses da vacina, com intervalo de 14 dias. Metade dos participantes recebe um placebo, que não tem efeito farmacológico, e a outra metade, o produto vacinal. A proposta é fazer a comparação entre os dois grupos.

Critérios para inscrições

Podem se candidatar ao estudo os profissionais de saúde do DF que cumpram os seguintes critérios:

  • Ter mais de 18 anos
  • Trabalhar em serviço de saúde atendendo pessoas com Covid-19
  • Não ter sido diagnosticado ou testado positivo para o vírus da Covid-19
  • Ter registro no conselho profissional regional
  • Não apresentar doença crônica
  • Se mulher, não estar gestante
  • Não participar de outro ensaio clínico

Ao aceitar participar da pesquisa, o voluntário assina um termo de consentimento e se compromete a comparecer ao HUB periodicamente por um período de doze meses para acompanhamento da saúde.

A vacina

A vacina contra o novo coronavírus (SARS-Cov-2) testada em Brasília foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. O HUB é um dos 12 centros no Brasil que participam do ensaio clínico, coordenado pelo Instituto Butantan e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A vacina do estudo é inativada e será aplicada em até 850 profissionais de saúde voluntários. De acordo com o coordenador do projeto na UnB, o infectologista Gustavo Romero, nenhum participante sabe se irá receber o placebo ou a vacina.