Se você é estudante e/ou profissional das técnicas radiológicas e tem interesse em aprender mais sobre Medicina Nuclear, vale a pena conferir o livro “Medicina Nuclear na Prática”. O material, desenvolvido por tecnólogos e tecnólogas em Radiologia do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), traz todos os protocolos de cintilografia, divididos por sistemas do corpo humano.
Uma das responsáveis pela obra é a tecnóloga em Radiologia Tatiane Sabriela Cagol Camozzato, que é professora do curso superior de Tecnologia em Radiologia no IFSC, mestra em proteção radiológica e em ciências biológicas e doutora em ciências da saúde.
“A ideia desse e-book surgiu durante a disciplina de Medicina Nuclear, por ocasião da minha própria graduação, quando utilizávamos vários rascunhos de outras turmas ou dos próprios professores, mas sem organização. Alguns protocolos tinham indicação, outros não, sempre faltava alguma informação do exame, alguns manuscritos…Então, percebendo que essa situação não mudava ao longo dos anos e a necessidade de mudança, resolvi tomar uma atitude. Para tanto, juntei uma equipe muito dedicada”, relata Tatiane, que contou com o auxílio de outros 7 tecnólogos em Radiologia para produzir o material.
O que é?
Considerado um dos principais ramos da Radiologia, a Medicina Nuclear (MN) é uma ciência que consiste em imagens e tratamentos, utilizando como base para tais procedimentos fontes radioativas não seladas, que são administradas no paciente. Este método de imagem, denominado cintilografia requer a utilização de radiofármacos (RF), que nada mais são do que fármacos agregados a um elemento emissor de radiação.
De acordo com o professor Paulo Wollinger, que é professor no IFSC e membro da Coordenação Nacional de Educação do CONTER: “A Medicina Nuclear é um conjunto de técnicas aperfeiçoadas a partir da aplicação da física de partículas, cujos saberes demandam extrema proficiência dos profissionais da área, não apenas pelos riscos da aplicação de radiações ionizantes, mas sobretudo pela necessária precisão nos procedimentos para garantir imagens confiáveis. É uma área em que o fazer-saber é tão importante quanto qualquer outro domínio cognitivo”, finaliza.